O secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Victor Aly, informou que a estrutura de ponte que cedeu tem apresentado variações normais.
O fluxo de trens da linha 9-Esmeralda da CPTM foi liberado no trecho do viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros. O secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Victor Aly, informou que a estrutura tem apresentado variações dentro do normal.
De acordo com divulgação da CPTM, não terá limitação de passageiros para transitar no trecho do viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros.
Em entrevista, na manhã deste domingo, Aly, disse que o fluxo de trens na região estava liberado. A linha voltou a operar normalmente no trecho por volta das 11h30 de ontem.
“A gente não liberou o transporte enquanto não tínhamos certeza. Amanhã [hoje, 19/11] é um meio de feriado o que vai fazer com que tenhamos um carregamento maior, mas não de pico. Na terça-feira [amanhã, dia 20], teremos novamente uma baixa no carregamento e vai nos ajudar a acompanhar”, disse Aly.
Segundo ele, no trecho da obra, a velocidade será de 20 km, com sinalização e com radar para que o operador passe com essa velocidade. Por outro lado, o secretário ressaltou que as autoridades seguem monitorando a estrutura, apesar das variações estarem dentro do normal. “As variações estão dentro do limite. A estrutura de uma ponte não é rígida. Ela se movimenta”, explicou, apontando variação de 3 milímetros na estrutura. Entretanto, não deu informações mais detalhadas sobre o futuro da estrutura e se será necessário destruí-la.
Já o secretário Municipal de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado Neto, disse que a prefeitura estuda alternativas de mexer na pista da marginal para aumentar a capacidade e evitar o efeito funil enquanto o viaduto está interditado.
Sobrecarga e idade
Para o diretor do Departamento de Infraestrutura e Habitat do Instituto de Engenharia, Roberto Kochen, o acidente pode ter diversas causas.
“Podemos avaliar que o viaduto tem mais de 40 anos e recebe um volume de veículos muito grande. Pode ter sido uma sobrecarga. O que a gente sabe é que houve uma ruptura dos pilares”, disse Kochen. O viaduto não desabou, explica, porque uma das pontas parou em um bloco que fica embaixo da estrutura. Caso contrário, teria sido um acidente ainda maior.
Após a Ponte dos Remédios passar por situação parecida em 2011, foi criado um plano de vistoria dos viadutos. Hoje, há 33 outras estruturas em estado crítico na capital. “A inspeção não é causa do problema. Isso pode acontecer em qualquer estrutura”, avaliou Kochen.